quarta-feira, 30 de julho de 2014

Nos dias 20 e 21 de julho, a cidade de Paranapiacaba recebeu a segunda semana do famosíssimo Festival de Inverno 2014.
Nesses dois  dias, ocorreram shows dos cantores Guilherme Arantes e Zeca Baleiro, além de vários outros representantes da música brasileira, que deram um show mostrando toda a cultura de um país.
Em vários galpões da vila havia lugares onde o público pode se alimentar além de todos os restaurantes locais que atenderam exemplarmente todas as pessoas presentes.

Para quem não estava interessado apenas na gastronomia local ( dada principalmente em produtos envolvendo o Cambuci, que é a fruta típica de Paranapiacaba ), havia também atividades relacionadas aos cinco sentidos básicos do corpo humano : audição, olfato, tato, visão e paladar.
A Casa Fox (Av. Fox, s/n) abrigou o espaço dedicado à visão, com duas exposições
fotográficas referente ao olhar das crianças e dos turistas sobre a
Vila de Paranapiacaba, e à audição, com espaços interativos e
experimentais a cargo do músico Fernando Sardo. A antiga Padaria (R.
Schnoor, 405) foi o espaço dedicado ao paladar, onde funcionou o
cantinho do chocolate, com produtos e oficinas de chocolate artesanal.
As experiências ligadas ao tato e ao olfato tiveram espaço garantido no
Caminho do Mendes, 322. No local, os turistas puderam conferir o
Espaço Zen e Spa, com atividades voltadas para a saúde, bem-estar,
estética e qualidade de vida. O Espaço dos Aromas foi destinado a
oficinas e palestras, além da comercialização de produtos aromáticos
artesanais e afins. Já o Espaço da Naturologia contou com práticas
terapêuticas de reflexologia, cromoterapia e calatomia. Mas também
houve o Espaço das Sensações, dedicado à degustação de vinhos e
cervejas artesanais, palestras e comercialização de vários rótulos
exclusivos como a Cerveja de Cambuci Cambucá. Por fim, o Espaço Luz contou com demonstração e orientação sobre a importância da
iluminação dos ambientes e sua influência nos sentidos.

Barragem de Paranapiacaba


Durante o tempo em que o sistema funicular ainda estava em uso, uma barragem  ( ou represa ) foi construída, mas não tinha como função a geração de energia e sim o fornecimento de água para resfriamento do maquinário ferroviário, além do abastecimento de água da vila.
O processo consistia em canalizar a água que nascia na cadeia montanhosa onde estava inserido o vale da vila. Este sistema de canalização encontrava uma barragem onde a água era aprisionada e liberada em pequena quantidade.
Há depoimentos de alguns guias de que existia um moinho movido pela força das águas, e que portando gerava energia para a cidade.

Essa barragem existe até hoje e tem como finalidade abastecer a cidade.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Mapas da cidade de Paranapiacaba



A Revolução Industrial em Paranapiacaba

A vila de Paranapiacaba teve toda a sua história atrelada à sua ferrovia, que foi essencial ao transporte do café vindo de São Paulo até o porto de Santos.
Antes de existir Paranapiacaba, o café era transportado por mulas que aguentavam apenas 90 quilos. Com a fundação da cidade e da ferrovia, o café passou a ser  transportado pelos trens que aguentavam ate 60 toneladas.
O local da vila foi escolhido exatamente por estar a 12 quilômetros da cidade  de Santos, tornando assim o transporte das mercadorias mais rápido e barato.
Toda a importância que Paranapiacaba recebeu veio do translado do café vindo de São Paulo, mas ela também recebeu tudo de mais moderno no ramo de trens no Brasil, já que ela surgiu durante a 2ª Revolução Industrial.


Outra coisa que esta cidade trouxe para o Brasil foi o exemplo de como uma cidade deveria ser estruturada,  sistema esse, seguido por São Paulo.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Importância Econômica de Paranapiacaba

A São Paulo Railway - SPR ou popularmente "Ingleza" - foi a primeira estrada de ferro construída em solo paulista. Construída entre 1862 e 1867 por investidores ingleses, tinha inicialmente como um de seus maiores acionistas o Barão de Mauá. Ligando Jundiaí a Santos, transportou durante muitos anos - até a década de 30, quando a Sorocabana abriu a Mairinque-Santos - o café e outras mercadorias, além de passageiros de forma monopolística do interior para o porto, sendo um verdadeiro funil que atravessava a cidade de São Paulo de norte a sul. Em 1946, com o final da concessão governamental, passou a pertencer à União sob o nome de E. F. Santos-Jundiaí (EFSJ). O nome pegou e é usado até hoje, embora nos anos 70 tenha passado a pertencer à RFFSA, e, em 1997, tenha sido entregue à concessionária MRS, que hoje a controla. O tráfego de passageiros de longa distância terminou em 1997, mas o transporte entre Jundiaí e Rio Grande da Serra continua até hoje com as TUES dos trens metropolitanos.
A estação de Paranapiacaba, aberta com o nome de Alto da Serra em 1867, é uma das mais cantadas em prosa e verso no Brasil e até no mundo. Feita para ser o pátio de operações do sistema de cabos implantado pelos ingleses em 1867, nela foi mais tarde, em 1896, construída uma vila para os funcionários da São Paulo Railway que com seu estilo inglês e sua beleza, aliada às belezas naturais do local, foi tombada pelo Patrimônio Histórico há muito tempo. Por volta de 1900, uma segunda estação, diferente e maior do que a original, foi construída. A estação primitiva, a original, entretanto, ainda pode ter o seu local identificado: segundo Thomas Corrêa, o local exato dela é onde hoje se encontra a subestação elétrica. Parte da beirada da plataforma de pedra ainda pode ser observada. Em 1907, o nome da vila foi trocado para Paranapiacaba, "lugar de onde se avista o mar".
O nome da estação, entretanto, permaneceu como Alto da Serra até 1945, quando foi alterado para Paranapiacaba. Há vezes em que se vai a Paranapiacaba e não se enxerga um palmo adiante do nariz, devido ao denso nevoeiro da serra. Exatamente ali, a linha começa a descer a serra. Do outro lado da linha, a vila continuou a se expandir, sem manter o estilo original, mas ainda é um apenas pequeno bairro afastado do município de Santo André. Em janeiro de 1981, um incêndio destruiu o prédio da antiga estação; desde 1977, entretanto, uma nova estação, mais simples, já estava funcionando em local próximo. A antiga já estava desativada e o fogo apenas apressou o seu fim. Era, entretanto, um prédio já descaracterizado em muitos aspectos. O relógio, salvo do fogo, foi consertado e colocado sobre uma nova torre ao lado do prédio novo. 
A ferrovia, além de fazer o transporte de pessoas e de café, fazia o controle de toda a mercadoria exportada por São Paulo através do porto de Santos, controlando assim parte da economia brasileira.

A UC ( Unidade de Conservação ) de Paranapiacaba

Primeira Estação Biológica da América do Sul, criada em 26 de abril de 1901 como Estação Biológica do Alto da Serra por Hermann Friederich Albrecht von Ihering. Em 1938 a Unidade passa para a administração do Instituto de Botânica, hoje denominada como Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba (RBASP), regulamentada pelo Decreto Estadual 24.714, de 07/02/1986.
A Reserva está localizada nas bordas do Planalto da Serra do Mar, próxima a Vila de Paranapiacaba, em Santo André (SP). A palavra Paranapiacaba tem origem indígena e significa “lugar de onde se avista o Mar”. A Reserva, coberta predominantemente de Mata Atlântica, cuja principal característica é a grande diversidade em espécies vegetais.

De acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC é uma Unidade de Proteção Integral que tem como objetivo a preservação integral e demais atributos naturais existentes em seus limites. É destinada ao desenvolvimento de pesquisa e atividades educacionais de caráter não perturbatório.
Os projetos são desenvolvidos por pesquisadores do Instituto de Botânica e de outras universidades, atendendo a cursos de graduação e pós-graduação em estudos sobre a biodiversidade (fauna e flora), em pesquisas não predatórias, com algumas áreas de conhecimento pesquisadas: algas, fungos, briófitas, fanerógamas, fisiologia de plantas, aranhas, anfíbios, répteis, aves, mamíferos, peixes, entre outros.
A compilação de todo o conhecimento científico gerado encontra-se no livro “Patrimônio da Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba” editado pelo Instituto de Botânica.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Curiosidades e Estórias de Paranapiacaba

          1-      O Relógio de Paranapiacaba

O relógio de Paranapiacaba é um ícone da cidade. Tido como um cartão postal, ele é uma réplica do Big Bem, famoso relógio localizado em Londres ( Inglaterra ).
A réplica do famoso relógio está localizada sobre a torre que sobrou da antiga estação de trem local, destruída por um incêndio pouco antes de completar 100 anos.
Após 11 anos sem bater as horas, ele passou recentemente por uma restauração e voltou a funcionar.

2-      Corinthians X Serrano

Muito se falou em Paranapiacaba sobre a vitória que o E. C. Serrano obteve contra o Corinthians por dois a um !
Era o longínquo dia 12 de julho de 1925.
Motivo de festa, pois não é sempre que o time de uma pequena vila consegue vitória sobre uma das maiores equipes do nosso futebol.
Não deixando de lado o fato de o Serrano sempre ter possuído bons jogadores, é bom se fazer um estudo histórico sobre o fato.
Consultando o “Almanaque do Timão” de Celso Unzelte verifica-se que o S. C. Corinthians Paulista nunca jogou em Paranapiacaba.
Naquela ocasião eram disputados poucos jogos por mês, e o Corinthians fez o seu jogo de nº 283 no dia 29 de junho, perdendo para a A.  A. São Bento por 3X1. Seu próximo jogo foi no dia 14 de julho, quando derrotou o Flamengo carioca por 3X0.
Além desse fato, é de se notar que o troféu exibido na sede do Lyra Serrano faz menção apenas a “Corinthians”, e equipes com esse nome também existiam em São Bernardo e Santo André.
Torcedores rivais e desta vila ficam, assim, sem motivos reais para comemorações.
 

3-      Problemas com o Patrimônio Histórico

Como a maioria das casas da cidade são tombadas pelo Patrimônio Histórico, alguns problemas foram enfrentados quanto à modernização das casas para o uso de carros.
Um exemplo observado lá, e que foi bem interessante, foi uma adaptação para a frente da casa correr metade para o lado, e com isso deixar entrar um carro.


4-         A Cachoeira do Poço das Moças

A cachoeira leva este nome, pois reza a lenda que três moças haveriam morrido afogadas lá. Há uns 10 anos uma das pessoas que me ensinou a fazer trilha me contou que acampou lá e durante a noite ouviu barulhos estranhos, como se alguém cortasse uma árvore com um machado.

5-          O Morador do Castelinho

 Durante muito tempo a construção esteve abandonada e foi reformada em 2002.
Algumas pessoas afirmam que a residência é habitada pelo fantasma do engenheiro chefe e sua esposa, pois há relatos que já foi visto um fantasma e que ele se parece com o quadro do engenheiro que está pendurado na sala.
  
6-        O Véu da Noiva

 A neblina presente na vila por muitos é chamada de “Véu da Noiva”, já que conforme o mito, a filha do Engenheiro chefe apaixonou-se por um operário brasileiro, eles mantinham o romance as escondidas pelo fato da não aceitação do engenheiro, pai da moça, e no dia de seu casamento a mesma foi proibida de realizar a cerimônia pelo pai.
Conta-se também que há a possibilidade de seu noivo ter sido assassinado a mando de seu pai. O fato é que o noivo nunca mais foi visto.
Na desolação da noiva ao saber do terrível fato,  a moça saiu em desespero correndo aos fundos da igreja e vestida de noiva se jogou do precipício que existe na mata resultando em seu suicídio.
Após o ocorrido, a noiva vem visitar seu amado todo o dia, "ela" é vista deixando cair sobre Paranapiacaba seu véu gélido e mortal.


      7-      O Mito do Relógio

Outra história comumente declamada pelos habitantes da vila gira em torno do mito do relógio, que diz respeito à escrita do número quatro em números romanos “IIII”, ao invés de “IV”. O mito relata que houve um acidente envolvendo a colisão entre dois trens, pois o maquinista que partiu da Estação Ferroviária de Paranapiacaba ao olhar para o espelho retrovisor para checar a hora do embarque confundiu os número IV com o número VI, trocando assim o horário do embarque, provocando o choque com outro trem.  Por isso gerou a necessidade da troca do número romano IV por IIII, para eliminar uma futura “confusão”.

8-      O Vigia
  
Na década de 50 ou 60, existia um guarda da ferrovia responsável pela ronda noturna que se comunicava com os moradores para saber se tudo estava bem em suas residências.
Ele batia três vezes nas portas do fundo das casas e o morador deveria fazer o mesmo para dizer que estava tudo bem e mostrar que não havia ocorrido nada durante aquela noite.
Certa noite ele foi assassinado, não se sabe o motivo.
Mesmo após sua morte, alguns moradores afirmam que em algumas noites ouvem os três toques e que eles ainda respondem para que o espírito não entre em suas casas.


sábado, 12 de julho de 2014

Biodiversidade de Paranapiacaba e a sua renda com o cambuci

Essa é umas das mais lindas paisagens de Paranapiacaba, nela podemos notar coisas muito importantes, como por exemplo: a flora local, onde boa parte da Mata Atlântica esta presente em Paranapiacaba; a biodiversidade vista na variedade de animais, insetos etc. Outra coisa que podemos observar é que em Paranapiacaba não existem prédios, só pequenas casas, mas mesmo assim poucas, pois grande parte da cidade é uma área natural preservada, e, além disso, em Paranapiacaba, boa parte dos moradores é humilde, mas muito feliz.

 Em toda a área de preservação da Mata Atlântica de Paranapiacaba só é permitida a entrada para trilhas com instrutores, essa medida foi tomada a muito tempo para tentar prevenir que turistas se perdessem nas trilhas. Essas trilhas vão desde pequenas caminhadas de 30 a 40 minutos, até grandes trilhas de 6 ou 7 horas, e nessas trilhas podemos ver desde cachoeiras a liquens ( que são a união das algas com fungos, e que geram uma releção chamada mutualismo, onde os dois envolvidos se beneficiam).
Nesse lugar tão unusual que é Paranapiacaba, a neblina das montanhas faz lembrar o clima europeu, frio e constantemente nublado, e esse conjunto de características presentes no vilarejo atraem turistas de todas as partes. 

Em Paranapiacaba existe o cambuci, fruta típica da Mata Atlântica, e que está quase em extinção pois não existe produção comercial de grande escala desse fruto, apenas produções em quintais e em algumas pequenas propriedades dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No distrito de Paranapiacaba mesmo, os moradores locais decidiram investir no cultivo do fruto e de produtos derivados, o que gera renda para a comunidade. Essa renda virou a segunda maior fonte de renda da cidade, ficando atrás apenas do turismo, e isso tudo só ocorreu após a desativiação de grande parte da ferrovia.
Apesar de ter a maioria os espaços pequenos, quase todo mundo tem um ou dois pezinhos, o que é suficiente para fazer suas culinárias e para vender durante o ano mas retorno não é imediato, as árvores levam até sete anos para começar a dar frutos. Depois que entram na época produtiva, cada pé produz por mais de 300 anos cerca de 200 quilos por safra, mas mesmo assim, nessa época do ano faltam frutas por causa do Festival do Cambuci, festa que dura três finais de semana e conta com concurso gastronômico.
O Cambuci é uma fruta que os antepassados já tinham o hábito de utilizar na cachaça e hoje além desse uso ele faz uma infinidade de produtos de doces a salgados e é muito importante preservá-lo para evitar que entre em extinção e também se possível continuar gerando lucro para todos os moradores.



terça-feira, 1 de julho de 2014

Características Naturais da Cidade

A belíssima cidade de Paranapiacaba possui um clima tropical úmido com um inverno pouco rigoroso e uma neblina constante. O índice pluviométrico da região é acima de 4.000 mm e, atualmente, Paranapiacaba detém é o título de cidade que mais chove no Brasil.
Outros fatores naturais importantes de se observar em Paranapiacaba são o relevo irregular e montanhoso, composto por rochas cristalinas, os vales e baixadas que cruzam diversos córregos ajudando na formação de rios maiores como o rio Grande, e também as montanhas que são constituídas por rochas muito duras, bem resistentes à erosão; o outro fator a ser observado é a vegetação local, composta por uma floresta pluvial, uma montana ou baixo montana, que é uma espécie de floresta tropical onde a temperatura mais baixa e a altitude local interferem nas características básica e além disso, há mata atlântica que abriga animais e plantas em extinção.
Entretanto, quando houve a criação da ferrovia, e consequentemente a vinda de pessoas e a construção de moradias em todo

o comprimento do morro, grande parte da biodiversidade local foi substituída pelas construções humanas, mas, para preservar um pouco da região natural da cidade, foi criado o Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, que visa proteger uma enorme nascente que por muito tempo abasteceu a vila inteira e também tudo o que sobrou da área original de Mata Atlântica na região.

Dentre os rios que estão dentro do parque, alguns deles como o rio Grande, são os principais formadores da represa Billings e por isso estã recebendo projetos de conservação vindos do Governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura de Santo André.